sexta-feira, 28 de janeiro de 2022

Santo do Dia / Comemoração (SANTO TOMÁS DE AQUINO)

 Santo do Dia / Comemoração (SANTO TOMÁS DE AQUINO)


Doutor da Igreja, professor de teologia, filosofia e outras ciências nas principais universidades do mundo em seu tempo; frei caridoso, estudioso dos livros sagrados, sucessor na importância teórica de São Paulo e Santo Agostinho. Assim era Tomás d'Aquino, que não passou de um simples sacerdote. Muito se falou, se fala e se falará deste Santo, cuja obra perdura atualíssima ao longo dos séculos. São dezenas de escritos, poesias, cânticos e hinos até hoje lidos, recitados e cantados por cristãos de todo o mundo. Tomás nasceu em 1225, no castelo de Roccasecca, na Campânia, da família feudal italiana dos condes de Aquino. Possuía laços de sangue com as famílias reais da Itália, França, Sicília e Alemanha, esta ligada à casa de Aragão. Ingressou no mosteiro beneditino de Montecassino aos cinco anos de idade, dando início aos estudos que não pararia nunca mais. Depois, freqüentou a Universidade de Nápoles, mas, quando decidiu entrar para a Ordem de São Domingos encontrou forte resistência da família. Seus irmãos chegaram a trancá-lo num castelo por um ano, para tentar mantê-lo afastado dos conventos, mas sua mãe acabou por libertá-lo e, finalmente, Tomás pôde se entregar à religião. Tinha então dezoito anos. Não sendo por acaso a sua escolha pela Ordem de São Domingos, que trabalha para unir Ciência e Fé em favor da Humanidade. Este sempre foi seu objetivo maior. Foi para Colônia e Paris estudar com o grande Santo e doutor da Igreja, Alberto Magno. Por sua mansidão e silêncio foi apelidado de "boi mudo", por ser também, gordo, contemplativo e muito devoto. Depois se tornou conselheiro dos papas Urbano IV, Clemente IV e Gregório X, além do rei São Luiz da França. Também, lecionou em grandes universidades de Paris, Roma, Bologna e Nápoles e jamais se afastou da humildade de frei, da disciplina que cobrava tanto de si mesmo quanto dos outros e da caridade para com os pobres e doentes. Grande intelectual, vivia imerso nos estudos, chegando às vezes a perder a noção do tempo e do lugar onde estava. Sua norma de vida era: "oferecer aos outros os frutos da contemplação". Sábios e políticos tentaram muitas vezes homenageá-lo com títulos, honras e dignidades, mas Tomás sempre recusou. Escrevia e publicava obras importantíssimas, frutos de seus estudos solitários desfrutados na humildade de sua cela, aliás seu local preferido. Seus escritos são um dos maiores monumentos de filosofia e teologia católica. Tomás D'Aquino morreu muito jovem, sem completar os quarenta e nove anos de idade, no mosteiro de Fossanova, a caminho do II Concílio de Lion, em 07 de março de 1274, para o qual fora convocado pelo papa Gregório X. Imediatamente colégios e universidades lhe prestaram as mais honrosas homenagens. Suas obras, a principal, mais estudada e conhecida, a "Summa Teológica", foram a causa de sua canonização, em 1323. Disse sobre ele, nessa ocasião, o papa João XXII: "Ele fez tantos milagres, quantas proposições teológicas escreveu". É padroeiro das escolas públicas, dos estudantes e professores. No dia 28 de janeiro de 1567, o papa São Pio V lhe deu o título de "doutor da Igreja", e logo passou a ser chamado de "doutor angélico", pelos clérigos. Em toda a sua obra filosófica e teológica tem primazia à inteligência, estudo e oração; sendo ainda a base dos estudos na maioria dos Seminários. Para isso contou, mais recentemente, com o impulso dado pelo incentivo do papa Leão XIII, que fez reflorescer os estudos tomistas. A sua festa litúrgica é celebrada no dia 28 de janeiro ou no dia 07 de março. Seus restos mortais estão em Tolouse, na França, mas a relíquia de seu braço direito, com o qual escrevia, se encontra em Roma.


IGMR - CAPITULO II ESTRUTURA DA MISSA, SEUS ELEMENTOS E SUAS PARTES


 I. Estrutura geral da Missa

 27. Na Missa ou Ceia do Senhor, o povo de Deus é convocado e reunido, sob a presidência do sacerdote que faz as vezes de Cristo, para celebrar o memorial do Senhor ou sacrifício eucarístico[37]. A esta assembleia local da santa Igreja se aplica eminentemente a promessa de Cristo: “Onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou Eu no meio deles” (Mt 18, 20). Com efeito, na celebração da Missa, em que se perpetua o sacrifício da cruz[38], Cristo está realmente presente: na própria assembleia congregada em seu nome, na pessoa do ministro, na sua palavra e, ainda, de uma forma substancial e permanente, sob as espécies eucarísticas[39].

28. A Missa consta, por assim dizer, de duas partes: a liturgia da palavra e a liturgia eucarística. Estas duas partes, porém, estão entre si tão estreitamente ligadas que constituem um único ato de culto[40]. De fato, na Missa é posta a mesa, tanto da palavra de Deus como do Corpo de Cristo, mesa em que os fiéis recebem instrução e alimento[41]. Há ainda determinados ritos, a abrir e a concluir a celebração

 

II. Os diversos elementos da Missa

Leitura da palavra de Deus e sua explanação

29. Quando na Igreja se lê a Sagrada Escritura, é o próprio Deus quem fala ao seu povo, é Cristo, presente na sua palavra, quem anuncia o Evangelho. Por isso as leituras da palavra de Deus, que oferecem à Liturgia um elemento da maior importância, devem ser escutadas por todos com veneração. E embora a palavra divina, contida nas leituras da Sagrada Escritura, seja dirigida a todos os homens de todos os tempos e seja para eles inteligível, no entanto a sua mais plena compreensão e a sua eficácia são favorecidas por um comentário vivo, isto é, a homilia, que faz parte da ação litúrgica[42].

Orações e outros elementos que pertencem à função do sacerdote

30. Entre as partes da Missa que pertencem ao sacerdote, está em primeiro lugar a Oração eucarística, ponto culminante de toda a celebração. Vêm a seguir as orações: a oração coleta, a oração sobre as oferendas e a oração depois da comunhão. O sacerdote, que preside à assembleia fazendo as vezes de Cristo, dirige estas orações a Deus em nome de todo o povo santo e de todos os presentes[43]. Por isso se chamam “orações presidenciais”.

31. Compete igualmente ao sacerdote, enquanto presidente da assembleia reunida, fazer certas admoestações previstas no próprio rito. Onde as rubricas o prevejam, o celebrante pode adaptá-las de modo a corresponderem melhor à capacidade dos participantes; no entanto, o sacerdote deve procurar que o sentido da admoestação proposta no livro litúrgico seja sempre mantido e expresso em poucas palavras. Pertence ainda ao sacerdote presidente anunciar a palavra de Deus e dar a bênção final. Pode ainda introduzir os fiéis, com brevíssimas palavras: na Missa do dia, após a saudação inicial e antes do rito penitencial; na liturgia da palavra, antes das leituras; na Oração eucarística, antes do Prefácio, mas nunca dentro da própria Oração; finalmente, antes da despedida, ao terminar toda a ação sagrada.

32. O carácter «presidencial» destas intervenções exige que elas sejam proferidas em voz alta e clara e escutadas por todos com atenção[44]. Por isso, enquanto o sacerdote as profere, não se hão-de ouvir nenhumas outras orações ou cânticos, nem o toque do órgão ou de outros instrumentos musicais.

33. Como presidente, o sacerdote pronuncia as orações em nome da Igreja e da comunidade reunida, mas, por vezes, também o faz em nome pessoal, para despertar maior atenção e piedade no exercício do seu ministério. Estas orações, propostas para antes da leitura do Evangelho, na preparação dos dons, e antes e depois da comunhão do sacerdote, são ditas em silêncio (“secreto”).

fonte: IGMR CAP. II 

[37] PO, n. 5; SC, n.33

[38] Conc. Ecum. Trid., Sessão XXII, Doutrina sobre o Santo Sacrificio da Missa, cap.1; DS 1740; cf. Paulo VI, Solene Profissão de Fé, 30 de junho de 1968, n. 24; AAS 60(1968) p.442

[39] SC, n. 7; MF: AAS 57 (1965) p. 764; S. Congr. Dos Ritos, Instr. Eucharisticum Mysterium, de 25 de maio de 1967, n.9: AAS 59 (1967) p.547

[40] SC, n. 56

[41] SC, n. 48, 51; DV, n.21; PO, n.4

[42] SC, n. 7, 33, 52.

[43] Ibidem, n.33

[44] S. Congr. dos Ritos, Inst. Musicam Sacram, de 5 de março de 1967, n. 14: AAS 59 (1967) p.304

terça-feira, 18 de janeiro de 2022

IMPORTANCIA E DIGNIDADE DA CELEBRAÇÃO EUCARISTICA - IGRM

 INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO

CAPÍTULO I

 IMPORTÂNCIA E DIGNIDADE DA CELEBRAÇÃO EUCARÍSTICA

16. A celebração da Missa, como ação de Cristo e do povo de Deus hierarquicamente ordenado, é o centro de toda a vida cristã, tanto para a Igreja universal como local, como também para cada um dos fiéis[22]. Nela se encontra tanto o ápice da ação pela qual Deus santifica o mundo em Cristo como o do culto que os homens oferecem ao Pai, adorando-o pelo Cristo, Filho de Deus, no Espirito Santo[23]. Além disso, nela são de tal modo relembrados, no decorrer do ano, os mistérios da redenção, que eles se tornam de certo modo presentes[24]. As demais ações agradas e todas as atividades da vida cristã a ela estão ligadas, dela decorrendo ou a ela sendo ordenadas[25].

notas: 

[22] Cf. II Conc. do Vaticano, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, 41; Const. dogm. sobre a Igreja, Lumen gentium,11; Decr. sobre o ministério e a vida dos Presbíteros, Presbyterorum ordinis, 2, 5, 6; Decreto sobre o múnus pastoral dos Bispos, Christus Dominus, 30; Decreto sobre o Ecumenismo Unitatis redintegratio,15; S. Congregação dos Ritos, Instr. Eucharisticum mysterium, 3e, 6: AAS 59 (1967) 542.544-545.

[23] Cf. II Conc. do Vaticano, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, 10.

[24] Cf. Ibidem,102.

[25] Cf. II Conc. do Vaticano, Decr. sobre o ministério e a vida dos Presbíteros, Presbyterorum ordinis, 5; Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, 10.

 

17. É por isso de máxima conveniência dispor a celebração da Missa ou Ceia do Senhor de tal modo que os ministros sagrados e os fieis, participando cada um conforme sua condição, recebam mais plenamente aqueles frutos[26] que o Cristo Senhor quis prodigalizar, ao instituir o sacrificio eucaristico de seu Corpo e Sangue, confiando-o à sua dileta esposa, a Igreja, como memorial de sua paixão e ressurreição[27].

notas:
[26] Cf. II Conc. do Vaticano, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, 14, 19, 26, 28, 30

[27] Cf. Ibidem, 47.

 

18. Isso se conseguirá de modo adequado se, levando em conta a natureza e as circunstancias de cada assembleia liturgica, toda a celebração for disposta de tal modo que leve os fieis à participação consciente, ativa e plena do corpo e do espirito, animada pelo fervor da fé, da esperança e da caridade. Esta é a participação ardentemente desejada pela Igreja e exigida pela propria natureza da celebração; ela constitui um direito e um dever do povo cristão em virtude do seu batismo[28].

 

NOTA:

[28] Cf. Ibidem,14.

19. Embora as vezes não se possa contar com a presença dos fieis e sua participação ativa, que manifestam mais claramente a natureza eclesial da celebração[29], a celebração eucarística conserva sempre sua eficácia e dignidade, uma vez que é a ação de Cristo e da Igreja, na qual o sacerdote cumpre seu múnus principal e age sempre pela salvação do povo.[30].

 

NOTAS:

[29] Cf. Ibidem,41.

[30] Cf. II Conc. do Vaticano, Decr. sobre o ministério e a vida dos Presbíteros, Presbyterorum ordinis, 13; Código de Direito Canónico, cân. 904.

 

20. Realizando-se a celebração da Eucaristica, como também toda a Liturgia, por meio de sinais sensiveis que alimentam, fortalecem e exprimem a fé[31], deve-se escolher e dispor com maior cuidado as formas e elementos propostos pela Igreja que, em vista das circunstancias de pessoas e lugares, promovam mais intensamente a participação ativa e plena dos fieis, e que melhor respondam às suas necessidades espirituais. 

 

NOTA:

[31] Cf. II Conc. do Vaticano, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, 59.

21. A presente Instrução, portanto, visa apresentar as linhas gerais segundo as quais se deve ordenar a celebração Eucarística, bem como expor as regras para cada forma particular de celebração [32].

 

NOTA:

[32] Para as celebrações especiais, observe-se o que está estabelecido: para as Missas com assembleias particulares, cf. Sagrada Congregação para o Culto Divino, Instr. Actio pastoralis, 15 Maio de 1969: AAS 61 (1969) 806-811; para as Missas com crianças, Directório sobre as Missas com crianças, 1 de Novembro de 1973: AAS 66 (1974) 30-46; sobre o modo de unir as Horas do Ofício com a Missa: Instrução Geral sobre a Liturgia das Horas, 93-98; sobre o modo de ligar algumas bênçãos e a coroação da imagem da Bem-aventurada Virgem Maria com a Missa: Ritual Romano, Celebração das Bênçãos, Preliminar, 28; Coroação da Imagem da Virgem Maria, in Celebração das Bênçãos, Suplemento, cap. V, nn. *125 e *129.

22. De máxima importância é a celebração da Eucaristia na Igreja particular. O bispo diocesano, o principal dispensador dos mistérios de Deus na Igreja particular a ele confiada, é o moderador, o promotor e  guarda de toda a vida litúrgica[33]. Nas celebrações que se realizam sob a sua presidência, sobretudo na celebração eucarística realizada por ele, com a participação do presbitério, dos diáconos e do povo, manifesta-se o mistério da Igreja. Por isso, tais celebrações da Missa devem ser tidas como modelares para toda a diocese. É, pois, dever do bispo esforça-se para wue os presbíteros, os diáconos e os fieis cristãos leigos compreendam sempre mais profundamente o sentido autentico dos ritos e dos textos litúrgicos e assim sejam levados a uma celebração ativa e frutuosa da Eucaristia. Com essas finalidade o bispo deve cuidar para que cresça sempre a dignidade das próprias celebrações, com o que contribui a beleza do espaço sagrado, a musica e a arte. 

 

NOTA:

[33] Cf. II Conc. do Vaticano, Decreto sobre o múnus pastoral dos Bispos, Christus Dominus,15 ; Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, 41.

23. Além disso, para que a celebração atenda mais plenamente às normas e ao espírito da sagrada Liturgia e aumente sua eficácia pastoral, apresentam-se nesta Instrução Geral e no Ordinário da Missa alguns ajustes e adaptações.


24. Estas adaptações, na maioria, consistem na escolha de alguns ritos e textos, ou seja, de cantos, leituras, orações, monições e gestos, mais correspondentes às necessidades, preparação e índole dos participantes; atribuídas ao sacerdote celebrante. Contudo, o sacerdote deve estar lembrado de ele é servidor da sagrada Liturgia e de que não lhe é permitido, por propria conta, acrescentar, tirar ou mesmo mudar qulaquer coisa na clebração da Missa[34].

 NOTA:

[34] Cf. II Conc. do Vaticano, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, 22.

 25. Além disso, no Missal são indicadas, no devido lugar, certas adaptações que, conforme a  Constituição sobre a sagrada Liturgia, competem respectivamente ao Bispo diocesano ou à Conferência dos Bispos[35] (cf. adiante, nn. 387, 388-293).

 NOTA:

[35] Cf. principalmente II Conc. do Vaticano, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, 23, 25; Paulo VI, Const. Ap. Missale Romanum.

 26. No que se refere, porém, às diversidades e adaptações mais profundas, que atendam  às tradições e à índole dos povos e regiões, a serem utilidade ou necessidade  introduzidas à luz do art. 40 da Constituição sobre a sagrada Liturgia, observe-se o que se expõe na Instrução «De Liturgia Romana et inculturactione»[36], que vem exposto (nn. 395-399) mais adiante.

 NOTA:

[36] Congregação do Culto Divino e Disciplina dos Sacramentos, Instr. Varietates legitimae, de 25 de Janeiro 1994: AAS 87 (1995) 288-314.

 

Fonte: IGMR - 7ª EDIÇÃO - 2016 - CNBB

segunda-feira, 17 de janeiro de 2022

REGRAS FUNDAMENTAIS PARA OS LEITORES NA MISSA

 

A Palavra de Deus na celebração litúrgica deve ser proclamada com simplicidade e autenticidade. O leitor, em resumo, deve ser ele mesmo e proclamar a Palavra sem artifícios inúteis. De fato, uma regra importante para a própria dignidade da liturgia é a da verdade do sinal, que afeta tudo: os ministros, os símbolos, os gestos, os ornamentos e o ambiente”.

Para que um bom leitor possa exercer sua função ministerial na sagrada liturgia, faz-se necessário observar três aspectos fundamentais.

1 - A formação bíblico-litúrgica  ( O leitor deve ter pelo menos um conhecimento mínimo da Bíblia: estrutura, composição, número e nome dos livros do Antigo e Novo Testamentos, seus principais gêneros literários (histórico, poético, profético, sapiencial etc.). Quem vai ler na missa precisa saber o que vai fazer e que tipo de texto vai proclamar.

Além disso, precisa ter uma preparação litúrgica suficiente, distinguindo os ritos e suas partes, e sabendo o significado do próprio papel ministerial no contexto da Liturgia da Palavra. Ao leitor corresponde não só a proclamação das leituras bíblicas, mas também a das intenções da oração dos fiéis e outras partes que lhe são designadas nos diversos ritos litúrgicos.)

2 - A preparação técnica ( A Igreja não contrata atores externos para anunciar a Palavra de Deus. Mas confia este ministério aos seus fiéis, porque todo serviço à Igreja deve proceder da fé e alimentá-la. O leitor, portanto, precisa procurar cuidar da vida interior da Graça e dispor-se com espírito de oração e olhar de fé.

Esta dimensão edifica o povo cristão, que vê no leitor uma testemunha da Palavra que proclama. Esta, ainda que seja eficaz em si mesma, adquire também, da santidade de quem a transmite, um esplendor singular e um ministério atrativo.

Do cuidado da própria vida interior do leitor, além do bom senso, dependem também a propriedade dos seus gestos, do seu olhar, do seu vestir e do penteado. É evidente que o ministério do leitor implica uma vida pública conforme os mandamentos de Deus e as leis da Igreja.)

3 - Ler na missa é uma honra, não um direito ( Esta tripla preparação deveria constituir uma iniciação prévia à assunção dos leitores. Mas depois deveria continuar sendo permanente, para que os costumes não se percam. Isso vale para os ministros de qualquer grau e ordem.

É muito útil para o próprio leitor e para a comunidade que todo leitor tenha a coragem de verificar se ele tem todas estas qualidades e, caso elas diminuam, saber renunciar a esta função com honradez.

Realizar este ministério é certamente uma honra, e na Igreja isso sempre se considerou assim. Não é um direito, mas um serviço em prol da assembleia litúrgica, que não se pode exercer sem as devidas habilitações, pela honra de Deus, pelo respeito ao seu povo e pela própria eficácia da liturgia.) 

FONTE: https://pt.aleteia.org/2020/10/11/3-regras-fundamentais-para-os-leitores-da-missa/