quinta-feira, 30 de junho de 2022

Não se pode aceitar Vaticano II e recusar reforma litúrgica nascida dele, diz o papa

Vaticano, 29 jun. 22 / 01:50 pm (ACI).- “Não vejo como é possível dizer que se reconhece a validade do Concílio, embora me surpreenda que um católico possa presumir não fazê-lo, e ao mesmo tempo não aceitar a reforma litúrgica nascida da Sacrosanctum concilium”, escreve o papa Francisco em carta apostólica sobre a liturgia que publicou hoje (29). O documento retoma o assunto quase um ano depois do motu proprio Traditionis custodes, com o qual o papa restringiu severamente a celebração da Missa Tradicional anterior à reforma do Concílio Vaticano II, autorizada por são João Paulo II e Bento XVI.

Nas 15 páginas da carta apostólica Desiderio desideravi, publlicada apenas em alemão, inglês, francês, espanhol e italiano, mas não em latim, o papa diz querer “convidar toda a Igreja a redescobrir, salvaguardar e viver a verdade e o poder da celebração cristã”.

“Quero que a beleza da celebração cristã e suas consequências necessárias para a vida da Igreja não sejam prejudicadas por uma compreensão superficial ou reduzida de seu valor ou, pior ainda, por serem exploradas a serviço de alguma visão ideológica, não importa qual de que matiz”, disse ele no documento, publicado na Solenidade de São Pedro e São Paulo.

O título da carta é tirado do texto latino de Lucas 22:15: “Desiderio desideravi hoc Pascha manducare vobiscum, antequam patiar”: “Desejei ardentementen comer esta Páscoa convosco antes de sofrer”.

O papa Francisco disse que, depois de escrever uma carta aos bispos para acompanhar Traditionis custodes, quis dirigir-se a todos os católicos com algumas reflexões sobre a formação litúrgica, a importância teológica da missa e a aceitação dos documentos litúrgicos do Concílio Vaticano II.

“Devemos ao Concílio – e ao movimento litúrgico que o precedeu – a redescoberta de uma compreensão teológica da Liturgia e de sua importância na vida da Igreja”, disse Francisco. “Abandonemos nossas polêmicas para ouvirmos juntos o que o Espírito está dizendo à Igreja. Cuidemos da nossa comunhão. Continuemos maravilhados com a beleza da liturgia”.

Ele disse que os princípios declarados na Sacrosanctum concilium, a constituição do Vaticano II sobre a sagrada liturgia, foram fundamentais para a reforma da liturgia e continuam sendo fundamentais para a promoção de sua “celebração plena, consciente, ativa e frutífera”.

“A não aceitação da reforma litúrgica, como também uma compreensão superficial dela, nos desvia da obrigação de encontrar respostas para a pergunta que volto a repetir: como podemos crescer em nossa capacidade de viver plenamente a ação litúrgica? Como continuamos a nos deixar maravilhar com o que acontece na celebração sob nossos olhos?”

“Precisamos de uma formação litúrgica séria e dinâmica”, escreveu o papa. “Seria simplista ler as tensões, infelizmente presentes em torno da celebração, como uma simples divergência entre gostos diferentes sobre uma determinada forma ritual”.

Por isso, alega o papa na carta, sentiu a necessidade de publicar Traditionis custodes, para afirmar que os livros litúrgicos promulgados pelos papas são Paulo VI e são João Paulo II após o Concílio Vaticano II são a “expressão única da lex orandi [a lei da oração] do Rito Romano".

Na carta de hoje, o papa diz que a formação litúrgica tem que ser acessível a todos os católicos, além do ambiente acadêmico, a fim de reviver um sentimento de admiração pelo mistério do sacrifício da Missa.

“A plena extensão da nossa formação é a nossa conformação a Cristo”, explicou. “Repito: não tem a ver com um processo mental abstrato, mas com tornar-se Ele. Este é o propósito para o qual o Espírito é dado, cuja ação é sempre e somente para confeccionar o Corpo de Cristo”.

O papa também falou sobre a importância de uma ars celebrandi, a “arte de celebrar” a Missa.

“Sejamos claros aqui: todos os aspectos da celebração devem ser cuidadosamente cuidados (espaço, tempo, gestos, palavras, objetos, vestimentas, canto, música...) e todas as rubricas devem ser observadas”, disse. “Tal atenção bastaria para evitar que se roube da assembléia o que lhe é devido; ou seja, o mistério pascal celebrado de acordo com o ritual que a Igreja estabelece”.

“Mas”, continuou ele, “mesmo que a qualidade e a ação adequada da celebração estivessem garantidas, isso não seria suficiente para tornar nossa participação plena”.

A formação litúrgica deve ensinar as pessoas a ler e entender os símbolos, disse ele, referindo-se a Romano Guardini, padre e intelectual católico alemão do século XX.

O papa comenta: “Tendo perdido a capacidade de compreender o valor simbólico do corpo e de cada criatura torna a linguagem simbólica da Liturgia quase inacessível ao homem moderno. No entanto, não se trata de renunciar a esta linguagem: não é possível renunciar a ela, porque é o que a Santíssima Trindade escolheu para se juntar a nós na carne da Palavra. Pelo contrário, trata-se de recuperar a capacidade de colocar e de compreender os símbolos da liturgia. Não devemos nos desesperar, porque no homem esta dimensão, como acabei de dizer, é constitutiva e, apesar dos males do materialismo e do espiritualismo - ambos negação da unidade do corpo e da alma - está sempre pronta para ressurgir, como qualquer verdade”.

Francisco disse ter notado que a maneira de uma comunidade católica viver a celebração da Missa é condicionada pela maneira como o pastor a celebra, e quando a maneira de celebração é inadequada, a “raiz comum” é “um personalismo acentuado do estilo de celebração que às vezes expressa uma mania mal disfarçada de ser o centro das atenções”.

“Muitas vezes isso fica mais evidente quando nossas celebrações são transmitidas online, algo nem sempre oportuno e que precisa de mais reflexão”, observou.

“A ação da celebração” da Missa, disse ele, “é o lugar no qual, por meio do memorial, o mistério pascal se torna presente para que os batizados, por meio de sua participação, possam experimentá-lo em suas próprias vidas”.

“Sem esse entendimento, a celebração cai facilmente numa preocupação com o exterior (mais ou menos refinada) ou numa preocupação apenas por rubricas (mais ou menos rígidas)”, disse.

“A fé cristã ou é um encontro com Ele vivo, ou não existe”, disse o papa. “A liturgia nos garante a possibilidade de tal encontro. Para nós, uma vaga lembrança da Última Ceia não adiantaria. Precisamos estar presentes nessa Ceia, para poder ouvir a sua voz, comer o seu Corpo e beber o seu Sangue. Precisamos Dele.”

NOVENA PERPETUA A NOSSA SENHORA DO PERPETUO SOCORRO

 

Novena de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro


1º HINO:
Ó Virgem Maria / que tudo alegrais / na vida socorro / que falta jamais.

Ave, Ave, Ave, Maria. Ave, Ave, Ave, Maria 

Sim, vossa imagem é estrela de paz / que em nossa viagem / ventura nos traz.  Ave, Ave, Ave, Maria. / Ave, Ave, Ave, Maria

1ª ORAÇÃO

Ó Mãe do Perpétuo Socorro, * eis aqui a vossos pés, * pobres pecadores que recorrem a Vós, *  e põe em Vós sua confiança. * Ó Mãe de Misericórdia, tende piedade de nós. * Sabemos que todos vos chamam, * o refúgio e a esperança dos pecadores: * sede, pois, também, * o nosso refúgio e a nossa esperança. * Socorrei-nos, pelo amor de Jesus Cristo. *  Dai a mão a pobres pecadores, * que se Vos entregam, * e se consagram para sempre, * ao vosso serviço. * Louvamos e agradecemos a Deus * que, pela sua misericórdia, * inspirou-nos uma grande confiança em Vós: * vemos nesta confiança, * o penhor de nossa eterna salvação. * Confessamos que temos caído muitas vezes em pecado, * por não termos recorrido a Vós: * mas com o vosso socorro, seremos sempre vitoriosos. * Sabemos que nos haveis de ajudar, se nos recomendarmos a Vós: * mas, nas ocasiões perigosas, * tememos não Vos invocar, * e causarmos assim a perda da nossa alma. * Nós vos pedimos, * encarecidamente, * que nos concedais a graça, * quando demônio nos tentar, de recorrermos a Vós, repetindo: * Ó Mãe do Perpétuo Socorro, não permitais que percamos o nosso Deus. 
Ave-Maria
2ª ORAÇÃO
Ó Mãe do Perpétuo Socorro, * concedei-nos a graça de invocarmos sempre, * o vosso nome poderosíssimo, * pois é o nosso socorro durante a vida, * e a nossa salvação na ocasião da morte. * Ó Maria, Virgem Dulcíssima e Puríssima, * que o vosso nome seja d’ora avante, * a aspiração de nossa alma. * Ó nossa soberana, * não tardeis em nos socorrer, * quando Vos invocarmos, * pois em todas as tentações que nos assaltarem, * em todas as nossas necessidades, * nunca deixaremos de Vos invocar, * repetindo sempre: * Ó Maria! * Ó Maria! * Que força, * que ternura, * que doçura, * que confiança sente a nossa alma, * quando pronunciamos vosso bendito nome, * quando pensamos em Vós. * Agradecemos ao Senhor, * por Vos ter dado este nome tão doce, * tão amável, * tão santo, * tão poderoso para nosso bem. * Mas não nos contentaremos de pronunciá-lo com amor, * queremos que o amor que Vos dedicamos nos lembre, * sem cessar, que Vos devemos invocar, * ó Mãe do Perpétuo Socorro.  
Ave-Maria
3ª ORAÇÃO
Ó Mãe do Perpétuo Socorro, * sois a dispenseira de todas as graças, * que Deus concede aos infelizes pecadores, * e se Vos fez tão poderosa, * tão rica e tão boa, * foi para nos socorrerdes em todas as nossas misérias. * Sois a advogada dos pecadores mais abandonados, *  que a Vós recorrem; * socorrei-nos pois que a Vós nos entregamos. *  Nos vos recomendamos nossa eterna salvação. * Pondo-nos no número dos vossos servos mais dedicados; * tomai-nos debaixo da vossa proteção; * isto nos basta. * Se nos socorrerdes, nada temeremos, * porque nos alcançareis o perdão de todas as faltas: * não temeremos mesmo o nosso juiz, Jesus Cristo, * porque basta um pedido vosso para apaziguar. * Tememos somente deixar por negligência, * de nos recomendarmos a Vós, *  e assim causarmos a perdição de nossa alma. * Ó nossa Soberana, * alcançai-nos o perdão dos pecados, * o amor de Jesus Cristo, * a perseverança final, * e a graça de recorrermos sempre a Vós, * ó Mãe do Perpétuo Socorro. 
Ave-Maria.
4ª ORAÇÃO
Quarta Oração

 

Santíssima Virgem Imaculada, * Maria, nossa Mãe, * a Vós, que sois a Mãe do Senhor Jesus, * a Rainha do mundo, * a advogada, a esperança, o refúgio dos pecadores, * recorremos hoje nos, * que somos os mais miseráveis de todos. * Aos vossos pés nos prostramos, * ó grande Rainha, * e Vos damos graças por todos os benefícios, * que até agora nos tendes feito, * especialmente por nos haverdes livrado do inferno, * por nos tantas vezes merecido. * Senhora amabilíssima, * nós vos amamos, * e pelo amor que Vos temos, * prometemos servir-vos sempre, * e fazer quanto possamos para que de todos sejais servida. * Em Vós, depois de Jesus, * pomos todas as nossas esperanças, * toda a nossa salvação. * Aceitai-nos por vossos servos, * e acolhei-nos debaixo do vosso manto, * ó Mãe de Misericórdia. * E já que sois tão poderosa para com Deus, * livrai-nos de todas as tentações, * ou impetrai-nos forças para vencê-las até a morte. * A Vós suplicamos o verdadeiro amor a Jesus Cristo; * de Vós esperamos alcançar uma boa morte. * Ó Mãe, pelo amor que tendes a Deus, * Vos rogamos que nos ajudeis sempre, * mormente no último instante de nossa vida. * Não nos desampareis enquanto não nos virdes já salvos no Céu, * a bendizermos a Vós e a cantarmos as vossas misericórdias, * por toda a eternidade. * Assim esperamos, assim seja. 
Amém.

Segundo Hino

Ó Maria, concebida / Sem pecado original, / Quero amar-vos toda vida / Com ternura filial.


Vosso olhar a nós volvei, / Vossos filhos protegei! / Ó Maria, Ó Maria, (bis) / Vossos filhos protegei!

Sois estrela de bonança / Entre as trevas a brilhar, / Sois farol de esperança, / A quem sulca o negro mar.

Vosso olhar a nós volvei, / Vossos filhos protegei! / Ó Maria, Ó Maria, (bis) / Vossos filhos protegei!

Oração dos Doentes e Idosos

 

Ó Mãe do Perpétuo Socorro, * vede quanto sofremos nas doenças, * enquanto nosso corpo sofre * também nosso coração se aflige. * Perdemos até a coragem de rezar. * Não encontramos alívio. * Nem mesmo a companhia dos parentes e amigos * traz conforto para nós. * Começamos a perder a coragem. * A impaciência e a tristeza invadem nosso coração. * Nessas aflições colocamos, * toda nossa confiança em vós, * ó terníssima Mãe, * Vosso coração vai ter piedade de nós. * Sim, Mãe bondosa, * Vós não nos abandonareis em nossas aflições. * Dai-nos força e coragem, * para aceitarmos com paciência este sofrimento. * Se for para nosso bem, * dai-nos a saúde do corpo. * Mas, se for do agrado de Deus que o nosso sofrimento, * ou mesmo a doença nos leve deste mundo,* aceitamos tudo, * unidos com os sofrimentos e morte de Jesus, * pois sabemos, * Ó Mãe amável, * que Vós nos alcançareis a graça * de fazermos o que Deus deseja de cada um de nós. Amém.

Ato de Consagração

Desejosos de consagrarmo-nos inteiramente, * ao serviço da sempre Virgem Maria, * de quem, após Deus, * esperamos todo auxílio na vida e na morte, * unimo-nos aos membros desta pia arquiconfraria, * fundada em honra de Nossa Mãe do Perpétuo Socorro. * Como nosso padroeiro especial, * escolhemos o glorioso Santo Afonso, * a fim de nos obter, * uma devoção sincera e duradoura, * para a Santíssima Virgem, * que é honrada por um nome tão terno. * Além disso prometemos renovar, *nossa consagração à Mãe de Deus e Santo Afonso, *cada primeira terça-feira do mês, * e de recebermos frequentemente os Santos Sacramentos. * Ó Mãe do Perpétuo Socorro, * recebei-nos por vossos servos, e fazei-nos objeto de vossa maternal proteção. * Prometemos recorrer a vós, * em todas as nossas necessidades espirituais e temporais. * Nosso Santo Padroeiro, Santo Afonso, * alcançai-nos a graça de um amor ardente a Jesus Cristo, * e a de invocarmos sempre a Mãe do Perpétuo Socorro.